sexta-feira, 28 de março de 2014

Óbvio


Você não sabe
A quantidade de respostas que busquei em seu olhar
Sei que meu erro foi esperar
Foi te testar
Era óbvio
Iria me decepcionar
Mesmo na entrega gradual
Mesmo sendo racional

Verdade


Não me venha chorar sem lágrimas
Não me venha sofrer sem dor
Não me venha se desculpar com lástimas
Não me venha fingir amor

Sinto de verdade
Choro minha dor
Me iludo sem querer
Me isolo pra sofrer

Mas não prometo o que não posso

Não digo o que não sinto
Não faço sem vontade
Nem minto pra me vitimar

Vislumbre


Ai essa minha mania
De chorar as dores dos outros

Essa minha mania
De aceitar perder
O que todos
Relutam a abrir mão 

Essas lágrimas
Que não estão na busca de ganhar o mundo
Mas de salvá-lo 

Quanta admiração sinto
Por estas vidas de luta
E eu aqui tão pequena
Apenas apoiando a esquerda

Intensamente


Não nego...
...o desejo intenso
...o beijo ardente
... a vontade latente

Eternizado


Te amo     
       E jamais
             Negaria este amor
Que em lágrimas
                Brilha                              
Em sorrisos
                Reluz
E na alma
                Se eterniza

Sentimento Raro


Não morreu em mim
Ainda vive
Em lembranças felizes
Em sorrisos verdadeiros
Em sentimentos raros.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Momentos


Você disse que te usei
Eu rapidamente neguei
 
Mas depois me perguntei
Usei!?
 
Vivi momentos
Intensos e sinceros
 
Usei tua agradável companhia
 
Doei-te
Bons sentimentos
Olhares verdadeiros
Beijos francos
Carinhos autênticos
 
Usamo-nos
E que mal tem!?

Sofro a Sua Dor


PUTA QUE PARIU!

É o que me escapole agora
Sai assim
Em alto e bom som
Essa expressão de revolta
 
Na garganta um nó
No coração uma dor
Que vai tomando conta da minha alma
 
Uma dor que não é minha
Mas que tomo pra mim
 
Sem saber o que fazer
Com sentimento de impotência
Tento transformar a dor
Achar uma saída
 
E da janela vejo
Em meio a crianças que correm
Que riem
Que brincam
Minha dor se isola sobre a grama
Recostada nos braços
Com a cabeça pendendo para um lado
 
O corpo marcado
E o olhar distante
 
Neste momento
A dor alheia já não cabe em mim
Transborda
Pede saída
 
Escondo-me
Pra sentir só
Chorar só
...
Busco o encontro dos olhos
Como forma de dizer:
“Estou dividindo a dor com você”
 
Beija-me
Despede-se com carinho
E minha dor se agiganta
 
Sei que vai
Rumo ao desamor
 
Meu coração se parte
Indo uma fração
Sofrer sua dor

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Santa Maria rogai por nós


Hoje estamos todos de luto
Parece que perdemos entes queridos,
Amigos, conhecidos ...
 
Mesmo de longe
Inspiramos esta fumaça
Negra e tóxica
E nos sentimos também contaminados

Pela dor
Pela revolta
Pela compaixão
Pela indignação

Ao mesmo tempo que choramos
Nos colocando no lugar dos familiares e amigos
Que não mais verão estes jovens
Pais que não mais terão um abraço e um beijo de seus filhos
Que não terão mais a preocupação com o filho que não chega e já é tarde
Eles não voltam mais
Perdem-se os sonhos

Também nos amedrontamos
Como num filme de terror
Quando nos imaginamos
Junto as vitimas
 
Um lugar escuro
Preenchido de fumaça
Que cega
E asfixia
Lotado de pessoas
Desesperadas
E perdidas
Com uma única porta
Por onde terão que passar
Mil pessoas
Em três minutos
Porta esta
Fechada por obstáculos
São seguranças
Cavaletes
Barras de ferro
 
E no instinto de sobrevivência
Na luta para respirar
Busca-se janelas
Escondidas por paredes
Caem pessoas
Que tropeçam
Que já não tem mais ar
Que já não tem mais vida
Arranha-se portas lacradas
Até que as unhas sangrem
Com a última força
O último suspiro
Caindo uns sobre os outros
Já com os pulmões cheios de fumaça
Já sem batimento cardíaco
 
E lá fora desesperam
Os que se salvaram
E não puderam ajudar
O irmão,
A prima,
Os amigos ...
 
Digno de filme de terror premiado
De certa forma tudo calculado
Produção acertada

Fogos em lugar fechado
Cheio de material inflamável
Uma única e estreita porta
Nenhum alarme de incêndio
Nenhum esguicho d’água
Nenhuma luz de emergência
Nenhum direcionamento de saída
 
Todos nós hoje
Inalamos fumaça
Procuramos saída
Choramos as perdas
Morremos um pouco

                                                                                                                                           27\01\2013

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Estou Aqui

Se te restar saudade
Me farei presente
 
Se te restar sentimento
O tornarei intenso
 
Se te restar lembranças
As eternizarei
 
Se te restar desejo
Transformarei em prazer
 
Se te restar dúvidas
Serei sua verdade
 
Se te faltar sonhos
Serei suas realizações
 
Se te faltar forças
Lutarei por ti

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Por Ti

Declarei
Que estou pensando em você
Te procurei
Assumi
Vim até aqui por ti
Talvez
Tenha te assustado
Foi mesmo
Meio inesperado
Mas é sério
É de verdade
Ando com você
Constantemente em mim
Tenho dividido cada momento
Com a falta que me faz
Falta de algo
Que não vivemos
 
Nas voltas
Que o mundo dá
Volto eu aqui
E sendo a mesma
Porém diversa
Vejo que ontem
Olhei “defeitos” e diferenças
E procurei o similar
O “perfeito”
Porém hoje
Refeita de quem fui ontem
Olho por dentro
E vejo o que ficou
As marcas são
Das negativas surpresas
Do “perfeito”
Contudo a busca é
Das positivas surpresas
Do “imperfeito”
E aí
Te vejo em  mim
Vejo aqui
O que temi
E que hoje
É o que mais quero
 

Qualquer Resposta

Olhando nos meus olhos assim
Diga até que não quer nada
Que não senti
Mas não diga
Que não acredita em mim

To abrindo meu coração
Despindo minha alma

E só de pegar
Assim na sua mão
Já me sinto arrepiar

Aceito qualquer resposta
Quantos não lhe bastarem

Só não diga que não é verdade
Porque ninguém sabe
O que vai no meu peito
O que habita os meus pensamentos
O que se abriga nos meus sentimentos

domingo, 23 de dezembro de 2012

Voltas


As voltas que o mundo dá
Traz-nos de volta
Ao que ainda há
No mesmo lugar
O que mesmo depois de tantas lágrimas
Não foi varrido
O que mesmo depois de tanto tempo
Não se apagou
E o que era grande e intenso
Se foi
E ao olhar para dentro
Vejo que o que parecia pequeno
Manteve-se ali, firme
E agora volta
Invadindo meu silêncio
Habitando meu travesseiro
Meus devaneios
Já não sei o que pensar
É estranho voltar agora
E dizer coisas
Que não foram ditas ontem
Talvez por dúvida
Medo
Insegurança
Mas a única certeza que tenho
É que agora digo com Verdade

Inversões

Invertem-se os valores
As intimidades
E já nem sei
Qual é o cume da cumplicidade
 
Que pra mim
Dividir tristezas
Alegrias
Histórias
Dores
Sexo e
Amor
Seria o auge
Da unidade de sermos dois

Mas a tecnologia esconde segredos
E o outro treme
E teme que seja visto

Que intimidade vai além
De ser o ouvido das suas dores
O ombro de suas lágrimas
O sorriso de suas alegrias
A parceira de suas estórias
O gemido de seus prazeres?

domingo, 2 de dezembro de 2012

Ainda Sangra

Não escondo
A lágrima que ainda escorre

Não minto
A ferida ainda sangra

Não omito
O brilho opaco do olhar

Mas opto
Por não mexer na ferida
E deixá-la quieta
Até que crie casca

Opto
Por não olhar
Para onde minh’alma chorosa
Não reluzirá

Engavetamento

Não me veio nenhum filme
Como dizem
Não visualizei momentos
Nem pessoas

Apenas um branco
Rápido e vazio

Nem vi os objetos
Que voaram ao meu lado

De repente
Tudo ao chão
Tudo fora do lugar
E as sucessivas pancadas

Retornando do vago
Repensei minhas mais recentes atitudes
E me fiz contente

Vinha sem pressa
Admirava e agradecia
O lindo por do sol
Que me presenteava
Aquele entardecer

Energia que se estendia
À fila de carros amontoados

Sem olhares tortos
Sem querer encontrar culpados

Nós oito
Agradecidos por nossas vidas
Confraternizamos
Numa autoestrada

E por ironia do destino
Uma amiga de faculdade
E de profissão
Bem ali
Engavetada em mim

TUDO ESTÁ NA FORMA DE OLHAR!
TUDO TEM SEU LADO BOM!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Profissão Educadora

A conquista e a frustração diária
Se confundem
Se alternam
Se contemplam
Me completam

Pois não haveriam
Novas metas a conquistar
Novas estradas a trilhar

Se não houvessem
As frustrações

Frustrações estas
Expressas em lágrimas
Medos
Conflitos
Angustias

Que brevemente se aplacam
A cada sorriso único

Sorriso carregado da diversidade
De sentimentos
De experiências

O olhar das diversas vivências
Buscando encontrar
Um caminho único

O caminho da superação
Da criticidade
Da autonomia
Da liberdade

E o que seria eu além do exemplo?

Cai, levanta
Chora, sorri
Erra, acerta

Não bastam as palavras
É necessário o modelo

E por mais que me frustre
Jamais deixarei de sorrir
Tentar
E acreditar em cada um


                                               

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Por Hoje

Me deixa
No meu silêncio
Só quero
Não ter que falar nada
Por hoje
Não quero
Dar explicações
Não quero
Dizer porquês
Não quero
Ter que forçar sorrisos
Escutar estórias
Dar opiniões
Só por hoje
Preciso ficar só
Só comigo
E meu mundo mudo
Ainda assim

Meu silêncio grita
São pensamentos
A cada piscar de olhos
São anseios
A cada batida do coração

Te Quero

Te revelaria
     O meu pensamento
Só pra saber
     O que pensa neste momento

Te confessaria
     Que é você que desejo
Só pra sentir
     O sabor do seu beijo

Bagunça de Sentimentos

São papéis
Computadores
Livros
Palavras

É aqui que me acho
Nessa bagunça
De sentimentos escritos
De dores descritas
E frustrações prescritas

Talvez sinto
Mais que vivo

Sinto pelo que nem vivi
Sinto pelos outros
Sinto demais

domingo, 2 de setembro de 2012

Passa

Passa...
 
Assim como
 
Um bom livro que não leu
Pois a Crítica não era boa

Uma linda paisagem que não viu
Ocupada com coisas pequenas

Um rio que não entrou
Por preguiça

Uma emoção que não viveu
Com medo do que te causaria

Passou...

Perdeu o ensinamento que o ótimo livro daria
Ele se perdeu

Não eternizou a perfeita visão de um breve momento
Ela passou
 
Deixou de sentir a energia que aquela água trazia naquele momento
O rio secou
 
Evitou um sentimento que seria único 
Ele não volta
 
Perde-se
Lições, momentos, emoções
 
A vida é assim
Como uma pescaria
 
Se nos ocupamos
Com a quantidade de peixes pequenos num cardume
Deixamos passar o peixe grande

Talvez...

O momento mais raro
A emoção mais forte
O ensinamento mais marcante
A pessoa mais importante
 
Passa...
Sem darmos conta

Escrevendo o que há em mim

Pra desapertar meu coração
Pra aliviar minha ansiedade
Pra descrever minha ilusão
 
Escrevo
Colocando no papel
O que tem em mim
Escrevo
Colocando para fora
O que não cabe em mim
 
E assim
Vou desafogando o meu íntimo
 
Vou deixando o que transborda
Manchar os papéis
Borrar as letras
E falar de mim
E falar por mim
 
Assim
Pensamentos desabafam
Sentimentos se soltam
E lágrimas escoam
 

 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Me Deixa Entrar

Me deixa caminhar
Sob a luz do teu sorriso
Me deixa ser teu colo
Quando for preciso
Me deixa ser sua
E jamais será uma
Me deixa entrar na sua vida
E fazê-la poesia

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Novo Olhar

Quando sem sol
Num dia cinza
No canto só
Ainda em brisa
Os olhos brilham
E como se buscassem
O que ainda não viram
Alegram-se
Esperançosos
E sem saber o que miram
Vão curiosos

Dá um Medo

Dá um medo
Quando fico assim
Pensando demais

Quando fantasio situações
Imagino conversas
Crio desfechos

Dá um medo
Quando perco controle
Dos meus pensamentos

Quando durmo
E acordo
Com alguém na cabeça

Dá um medo
Quando não sei
Se é recíproco

Quando a vontade e o desejo
Dizem “vai”
A insegurança e a incerteza
Dizem “fica”
E a falta de resposta
Diz “volta”

Minha Fonte de Energia

Quando cai sobre minha cabeça
Renova minhas energias
Leva minhas tristezas
Em lágrimas diluídas
Traz meus pensamentos mais íntimos
Meus sonhos mais secretos
Saio limpa, forte, nova
E no espelho
São apenas olhos vermelhos

Bagagens

Vários olhares
Com diferentes visões

E na mochila
Cada um traz sua bagagem da vida

Quero poder abrir cada uma
E direcionar todas para uma mesma direção

Sorrio em encontrar livros e bons objetivos
Fico feliz ao encontrar amor e superação

Mas...
Me comovo em encontrar desprezo e indiferença
Me revolto ao encontrar jogos sexuais e abusos
Me indigno em encontrar violência e dor

E me pergunto: Como juntar tudo e construir um único caminho?


 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dilacerada

Não conheço o olhar
Que esconde atrás daquela grossa lente
Mas sempre meus olhos fitam
A mão marcada, queimada
 
Com esforço pra enxergar
Nas lentes caídas
Penduradas numa perna torta
A mão queimada transcreve
A força de quem na dor cresce

Se não bastasse a falta de visão
Ou uma adequada correção 
Se não bastasse a marca no corpo
Que traz o passado desconhecido
Se não bastasse a casa cheia
E o recurso pouco

Ainda traz na fala mansa
A oferta de sua tutela
Como quem se leiloa gratuitamente

Será que há quem fique indiferente?
Minha alma dilacerada chora
E a vontade de levá-lo embora

domingo, 8 de julho de 2012

Aperto

Sei que seu coração ta doendo
Sinto daqui cada lágrima
Que verte por este sentimento
Sei que ta sofrendo
Sei que a saudade aperta ai
Tanto quanto aqui
Que pena que essa ligação ainda existe
Só pra eu sentir que você ta triste

Beijo

Na entrega de um beijo
Nem que seja por um momento
O passado se esquece
A dor se esvaece
E o futuro aparece
Novamente possível de ser vivido
De olhos fechados
Corpo relaxado
Pensamento apenas ali
Dá até pra se iludir
Mas meus olhos abri
E não foi bem o que vi
Nem o que senti

sábado, 7 de julho de 2012

Quem é ela?

Quem é a dona dessa beleza
Que atrai meu olhar
Que mistério tem ela
Que me faz querer desvendar
Não conheço seu sorriso
Não sei como é sua voz
Não sei o que traz
Nem pra onde vai
Só sei
Que meus olhos a seguem
Hipnotizados e bobos

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Aprendi



Aprendi que o amor
Não é um sentimento

Mas sim um cesto
Cheio deles

E que é preciso
Atenção com ele

Para que num descuido
Um carinho não escape

Para que num tropeçar
A cumplicidade não se perca

Para que numa desatenção
A confiança não se quebre

Cada sentimento
Contido no cesto
É único e fundamental


E quando cai e se quebra
Conseguimos juntar os pedaços
Mas ficam-se as emendas, as trincas

Quando se perde
Reencontramos as partes
Mas nunca por completo

Como farinha que cai ao chão
Sabemos que está toda ali
Mas muitos grãos
Se aderem ao solo
Se misturam a poeira
Voam com o vento
E não recuperamos o todo


Nunca volta ao que era

Por isso cuidado
Como leva o amor
Onde o deixa
A quem confia


Aprendi também
Que ‘Eu te amo’
É a entrega do cesto: amor
E que por vezes ele pode estar vazio


Aprendi que ‘Eu te amo’
Não oculta mentira
Não estanca a decepção
Não fecha fenda
Não seca lágrima
Não cessa dor
Não cicatriza ferida

domingo, 29 de abril de 2012

Colheita Obrigatória



Tem plantado
Dor
Sofrimento e
Decepção

Triste será a colheita

Não ache que o mundo tem olhos de
Inveja e
Ambição
Sobre seu único bem

Ninguém quer trocar
Paz e
Amor
Por
Violência
Egoísmo e
Desamor
Mesmo que este tenha dois andares

Amiga do Tempo



Hoje mulher, mãe

Pra mim ainda a mesma
Menina, amiga

A lembrança é viva
Como se ontem
Na carteira da escola
Ao olhar para o lado
Apertávamos o cabelo com dois dedos
E depois os cheirava
Alargando as narinas
Em seguida o riso solto

Como na loja
Um olhar confidente
Que desencadeia uma crise de riso desenfreada

É a sintonia do pensamento
A verdade do sentimento

Mas nem tudo é entendimento
Como os trabalhos da faculdade
Que eram em dupla
Mas entregávamos separados
Cada uma o seu

Idéias diferentes
Mas carinho igual

Há sinceridade
Há compreensão

São segredos de experiências
Como aquele que ficou na minha carteira
Por mas de ano

Que delícia!

Escrevo esta memória
Sentindo
Chorando
E sorrindo
É sentimento complexo, completo

Conheço além do que aparenta
Sei da angustia
Atrás de uma brincadeira
Sei da dor
Atrás de cada crítica debochada
Do medo
Atrás do sorriso

Mas sei que sabe
Que estou ao lado
Mesmo estando longe
Porque hoje
É ainda ontem
O tempo fortalece
E amadurece
A verdadeira amizade

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O que fazer ?


Será que chorar até que as lágrimas sequem ?
Lavando minhas memórias e sentimentos
Será que gritar até que meu surdo coração escute ?
Que ele está errado
Será que correr feito louca para outros caminhos ?
Até que eu me perca do que me prende a você, ou seja, de mim mesma


Será que sorrir, fingindo que não há nada de errado?
Até que minha alma acredite
Será que encher o meu dia de mil e uma atividades?
Pra que não reste tempo de pensar e sentir
Será que aprender a conviver com um buraco no peito?
Até me convencer que a dor é normal


Não, já tentei todas!

Coração Sente

Dizem que:
“O que os olhos não vêem o coração não sente”

Infelizmente essa teoria não funciona pra mim
Tento esconder qualquer coisa que me remete a você
Para que meus olhos não me traiam e meu coração não sinta
Mudo o caminho
Para que as lembranças não sejam momentos revividos

Remédios ineficazes

O coração sabe e sente cada passo
Cada atitude
Cada sofrimento
Cada felicidade
Cada angustia
Cada novo caminho seu

Mesmo na distância
Com a venda nos olhos
E a mágoa no coração

Burro coração
Que não sabe desatar um laço
Deletar um sentimento
Mudar de sintonia

Parece que qualquer estrada que você siga
Tem passagem certa pelo meu coração

Parece que qualquer sentimento que você sinta
Reflete aqui no meu peito

Parece que ... não tem fim

domingo, 25 de dezembro de 2011

Na Estrada

Entre o sol que nasce
E a neblina que passa
Um pensamento longe

Que me remete
As sensações de agora

É a brisa passageira
Que limita a visão
E reduz a amplitude do foco

E o sol que me espia
Por detrás da montanha
Iluminando meus próximos passos

A estrada diária
Que me abastece a alma
Nas visões
Pensamentos
E canções

Cúmplice das minhas lágrimas
Embalo dos meus caminhos

Eu em mim


Sou assim
De visão poética
De pensamento em verso
De prosa contida
E romantismo aflorado

Acredito sim
Na verdade do erro
Na sinceridade do olhar
Na constância do recomeço
E na força da fé

E não há pra mim
Poesia sem verdade
Romance sem olhar
Verso sem força
Prosa sem pensamento
E recomeço sem fé

Cuide do Amor

Cuide do amor
Assim como a uma flor
Regando-a diariamente
Para que floresça sorridente

Cuide do amor
Como a um pássaro livre
Tendo em seu jardim o alimento necessário
Para que ele esteja sempre por perto

Cuide do amor
Como do estimado animalzinho de estimação
Dando-lhe carinho e atenção
Para que ele sinta sua falta e seja seu melhor amigo

Cuide do amor
Como ao amado filho
Sendo exemplo e verdade
Para ter o retorno esperado

Cuide do amor

Cuide do amor
Para que não murche
Feito flor exposta ao sol intenso
E sombra constante

Cuide do amor
Para que não voe
Feito pássaro em busca de alimento
Em outro jardim

Cuide do amor
Para que ele não te traia
Feito cão acuado

Cuide do amor
Para que ele não se rebele
Partindo como um filho sem orgulho dos pais

Hoje me faço flor
Me faço filha
Me faço beija flor
Animal
E amor

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Escombros


Parecia tão linda construção
...
Com o tempo a pintura desbotou
Rebocos começaram a cair
Colocava-se um parafuso
Um prego
Disfarçava-se com massa corrida
Revestimento
Remendo

Até que a estrutura não agüentou
Não era tão forte quanto se pensava
E desabou

Ficaram os escombros
Alí amontoados
E a gente sem saber o que fazer com tudo aquilo
Sem saber como juntar os pedaços
Como reconstruir

Até um dia de forte chuva
E vento intenso
A enchente se fez devastadora
E levou tudo aquilo

Os pedaços que já não sabíamos como juntar
Distanciaram-se
Foram levados para longe

E hoje o que sobrou
É um terreno marcado
Com palavras carregadas de tristes escolhas,
Certas mentiras,
Falsas desculpas e
Pesadas culpas

Agulheiro

Por proteção
Avisei o agulheiro que te cercava
Disse: não!
Não me afeta!
Eu já logo me afastei
Não quero o risco da picada
Sou de ação
E não de reação
Mas você
Prefere ficar aí
E reagir a cada alfinetada
Opção sua
Não sei o que espera
Diz que estou errada
Que estou julgando
Será?
Sei que espeta
Sei que dói
Pra que ficar!?

Era apenas Amor


Era apenas amor
Amor e todas suas nuances
Carinho, cuidado e dedicação

Era apenas amor
Amor e todos os seus momentos
Afeto, companhia e paixão

Era apenas amor
Amor e todos os seus excessos
Ciúme, carência e preocupação

Era apenas amor

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Intimamente

Ela tinha um sonho
E mesmo sonhando só
Sonhava concretizar a dois

Ela tinha uma meta
E mesmo lutando só
Buscava para muitos

Ela era imensamente feliz
Mas quando só
Chorava em silêncio

Ela andava só
Mas no coração
Trazia tantos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Porque é amor

Porque é amor
Esse perdão infindável

Porque é amor
A gente inseparável

É a minha alma
Que conhece a sua

Mesmo a razão
Dizendo não

Mesmo o coração
Ao chão

Minha essência
Conhece a sua

Sabe exatamente
O que nem a gente

Uma ligação
Que não sei como romper

Por mais que eu tente
Não sei tirar você

Gostaria tanto
De entender

Cada sentimento
Cada atitude
Cada porque

Queria poder saber
Quando o não é sim
Quando o vai é vem
O sai é volta
O nunca é sempre

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pranto do Meu Coração



Coração
Que apertado,
Dói sufocado
E chora calado

No mudo pranto
Dos meus sentimentos
Brilha uma lágrima
Solitária no rosto

E como se escorresse por ela
Tudo que não quero mais sentir
Machuca a falsa despedida
Do que sentirei em seguida

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Caminho a Luz


À janela o sol
Brilhando como um sorriso acolhedor
Me chamando para fora
Para o novo
Me preenchendo de esperança
De coragem


Lá vou eu
Seguir a luz


Me atrai o que é intenso
O que é claro
O que é quente


E eu aqui
Nada indiferente
Me atiro
A um novo vôo
Como se asas tivesse
Rumo a um velho sonho novo


Visto o brilho em meu sorriso
O calor em meu coração
O claro em meu olhar
E a força em minha emoção
Para que alada possa viajar
Pairando por outros lugares
Até no porto certo pousar